Uma bio e uma nota:
Talvez, a minha grande fraqueza e ao mesmo tempo, meu grande super-poder, seja não ter lido demais, não ter visto muitos filmes, nem saber tanto sobre os grandes poetas ou os grandes pintores. Só um pouco, talvez muito pouco, mas minha memória é ruim demais para armazenar informação.
Me sinto lento e atrapalhado, toda vez que pretendo repetir algo que aprendi no passado. Mas por algum motivo, durante todo esse tempo que não me dedicava a nutrir o intelecto, estava procurando nas teias da minha fragilidade, um vislumbre de algo real. Algo que fizesse parar o tempo e congelar o meu olhar num ponto minúsculo do céu e tão infinito como o som de uma memória morta.
Procurei durante milhões de anos, desamarrando todos os gritos presos que encontrava no caminho, até não conseguir distinguir se eles vinham de dentro ou de fora. Procurei por todos os cantos, em várias línguas e com diferentes fantasias. Não para me esconder, mas para te encontrar sem rosto e sem passado, sem nome nem pátria, sem medo nem futuro.
E por sorte o cinema sempre esteve ali para me resgatar com um som, com uma imagem e através do inesperado. Também poderia ter imaginado qualquer outra coisa, mas ninguém me ensinou a reconhecer a beleza de um segundo vivido intensamente com uma câmera nas mãos.
Direção e Produção Criativa