Recomendo ouvir Marta e Andrés falando sobre qualquer coisa, mas se eles também falarem sobre cinema documentário, a recomendação é ainda mais entusiástica.
Marta me apresentou a este gênero como um gesto de entrega. Também não consigo esquecer Marta no Uruguai apresentando seu documentário "Cançó d'amor", uma proposta genuína, com uma encenação híbrida, combinando imagens projetadas em uma tela e sua narração ao vivo em cima de um palco, com uma mesa de madeira, seu computador e uma luz amarela que iluminava papéis enquanto ela os lia.
Foram 90 minutos de cinema vivo. Não apenas por sua forma, mas também por sua expressão contemporânea. De nossos encontros, sempre saí convencido de que o cinema documentário não tem nada a ver com impor uma ideia de mundo ao outro, pouco tem a ver também com persuadir ou convencer sobre algo, mas sim, muito a compartilhar. São aspectos que considero urgentes em nossos dias. Por isso, sempre volto aos seus podcasts, uma e outra vez. Não para aprender algo novo, mas para lembrar o ponto de partida.
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